REPRESENTAÇÃO, PARADIGMA E LITERATURA

Rodrigo Octávio A. B. Cardoso

Resumo


Uma das principais questões com a qual se preocupou o pós-estruturalismo foi a crítica da representação. Isto se deu em consonância com a crítica da metafísica realizada por Nietzsche. Em resposta a este debate, Giorgio Agamben propõe uma reflexão sobre o conceito de paradigma a partir de sua elaboração pelo físico Thomas Kuhn em A estrutura das revoluções científicas, afirmando, ainda, que a arqueologia de Michel Foucault é uma paradigmatologia. Nem indutivo nem dedutivo, o paradigma seria uma forma de conhecimento que remete singularidades a singularidades no regime analógico do exemplo, sem fazer referência a uma totalidade representativa. A literatura, então, poderia ser vista, em sua relação com os enunciados concretos da realidade, como uma paradigmatologia? A partir destas reflexões busco esclarecer o papel de algumas obras literárias em As palavras e as coisas, de Michel Foucault.

PALAVRAS-CHAVE: Representação, paradigma, Michel Foucault, Literatura.

 


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