QUADROS DO PORTO, ESCRITA DE SI: CONSIDERAÇÕES SOBRE HISTÓRIA, PAISAGEM E ARTE EM MEU PORTO, DE MÁRIO CLÁUDIO
Resumo
Neste artigo, pretende-se evidenciar, na leitura de Meu Porto (2001), o tratamento dado a questões e personagens históricas; à recuperação da paisagem da cidade e à presença de imagens que sintetizam a cultura portuense e portuguesa, com destaque para obras artísticas que compõem a dimensão interartes do referido livro que, a propósito, é tomado como chave de leitura para a análise da trilogia composta por A Quinta das Virtudes (1990), Tocata para dois clarins (1992) e O Pórtico da Glória (1997), base literária da pesquisa de doutorado em andamento. Com esta análise, buscar-se-ão pistas exegéticas que apontem, na obra de 2001, para uma metodologia do olhar ou uma coerência do artista ao referir-se à sua cidade natal. Assim, acredita-se que as imagens evocadas na representação do Porto de Mário Cláudio ressoem na narrativa de seus ancestrais e que, desse modo, alguns fatos históricos relevantes, a representação de certos elementos da paisagem urbana e, especialmente, a ênfase dada ao trabalho artístico em suas múltiplas feições estabelecem processos que se dão além da mera representação ou transposição de dados, refletindo, portanto, a dimensão dialógica do trabalho do escritor.
Palavras-chave: Meu Porto, história, paisagem, arte, diálogo interartes.
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