A encenação da ironia na língua coloquial da Literatura Pop alemã da década de 1990 na obra "Tristesse Royale"

Carina Santos Corrêa

Resumo


A obra da Literatura Pop alemã da década de 1990 intitulada “Tristesse Royale” foi publicada em 1999, no ano em que foi concluída a mudança da capital da Alemanha da cidade de Bonn para a de Berlim. Além disso, esta época marcava o tempo histórico de desenvolvimento do fenômeno da Globalização de cunho neoliberal que desestruturava a ordem social conhecida para implantar outra excessivamente capitalista. Esta obra, considerada como o manifesto da Geração “Golf”, -  da geração de alemães da década de 1990 do lado da Alemanha Ocidental antes da integração da antiga Alemanha Oriental por ocasião da Reunificação Alemã -, é nomeada com a carga identitária da marca de carro “Golf” devido ao desejo de consumo dos jovens e sentimento de identificação com esta marca de automóvel confeccionada pela empresa automobilística “Volkswagen”. A publicação desta obra da Literatura Pop é de extrema importância como movimento não apenas literário, como também linguístico. Com essa obra, trata-se da transcrição de uma conversa coloquial de três dias do “Quinteto Popcultural” constituído pelos jornalistas: Christian Kracht, Joachim Bessing, Eckhart Nickel, Alexander v. Schönburg e Benjamin von Stuckrad-Barre; realizada no luxuoso hotel Adlon para traçar os valores e percepções de mundo em um momento pós-Reunificação. Por intermédio de uma língua informal na forma e no conteúdo, os jornalistas gravam suas conversas sobre temas cotidianos da época e depois as transcrevem em forma de livro. Para a análise da forma linguística encontrada neste novo modelo de literatura, utilizamos a teoria da identidade linguística de Stuart Hall e Lothar Krappman e a teoria do autor Park que analisa a ironia como manifestação da comunicação indireta.


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