A Historiografia da Linguística e a gramática de Manuel Álvares

Janaina Fernanda de Oliveira Lopes

Resumo


Amparado nos preceitos da Historiografia da Linguística, este artigo busca demonstrar que as ideias linguísticas de cada tempo atendem aos anseios do recorte delimitado e que a análise do período ganha um contorno maior quando é vista de forma interdisciplinar. Assim, para a investigação historiográfica, são levados em conta não somente os documentos que falam sobre a linguagem, mas também todo o seu entorno, uma vez que o historiógrafo trabalha o texto em seu contexto. Para tanto, usaremos a gramática latina de Manuel Álvares a fim de demonstrar que a sua feitura foi em atendimento ao pensamento linguístico da época, que buscava a unicidade da aprendizagem do latim em todos os colégios jesuíticos ao redor do mundo. A busca de unidade no ensino da língua latina nas unidades escolares da Companhia de Jesus, bem como sua aprendizagem por parte dos professores, permitiu que Álvares reunisse em sua obra o pensamento linguístico de diversos autores clássicos. Deste modo, Álvares compilou um material didático que foi amplamente divulgado, devido ao fato de unir tanto a descrição da língua latina quanto a razão pela qual ela se apresentava.

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