RUBEM BRAGA E O “PROGRESSO” DO RIO

Rafaela Godoi Bueno Gimenes

Resumo


Este artigo visa à análise de uma crônica inédita de Rubem Braga, pertencente ao seu acervo de mais de dezoito mil crônicas disponível na Fundação Casa de Rui Barbosa (Rio de Janeiro), intitulada “Chauffeurs”, publicada uma única vez em 20 de Agosto de 1946 no jornal Correio da Manhã. Além de discussões teóricas sobre o gênero que serão levantadas ora aqui ora ali, como a literariedade de crônicas consideradas “datadas” (caso de “Chauffeurs”) e sua representatividade no contexto atual, pretendese verificar de que modo a problemática da mobilidade urbana da época da crônica coincide com a contemporaneidade, com o Rio de Janeiro do século XXI. Passados sessenta e oito anos desde a publicação exclusiva de “Chauffeurs”, algo mudou no que se refere ao transporte coletivo carioca e ao seu trânsito cada vez mais intransitável? Como base crítica e teórica, utilizou-se Antonio Candido, Davi Arrigucci Jr., Massaud Moisés e autores como Ana Karla Dubiela e Luiz C. Simon

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