QUANDO A TINTA ACABA: UMA ANÁLISE DO SUICÍDIO NA LITERATURA PORTUGUESA DO SÉCULO XIX

Guilherme Nogueira Milner

Resumo


À luz dos conhecimentos de Karl Marx, Durkheim e Andrew Solomon, pensando por um viés mais social e psicológico, este trabalho busca fazer uma análise comparativa da representação do suicídio de Mariana, personagem de Amor de Perdição, romance do autor português Camilo Castelo Branco, publicado em 1862 e de Pedro da Maia, personagem de Os Maias, romance escrito por Eça de Queirós e publicado no Porto em 1888. Aquele aliado ao pensamento romântico da época e este de acordo com a escola realista, aqui pensaremos na trajetória das personagens até o ato final da morte voluntária. Mariana presa em um triângulo amoroso que impossibilitará a reciprocidade do amor, vai entender que se há qualquer impedimento ao amor, há também, igualmente, uma saída para que ele triunfe, mesmo em todo o caos. Essa saída vai ser a morte, funcionando na transcendência do amor não possibilitado em vida. Do outro lado, Pedro da Maia, abandonado por sua esposa, Maria Monforte, põe fim na própria vida por uma suposta "covardia moral". Estudaremos então a visão do suicídio nos romances aliando a trajetória da personagem com a já citada perspectiva teórica.

PALAVRAS-CHAVE: Suicídio, Sociedade, Literatura Comparada, Morte voluntária.


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