O NOMADISMO RESILIENTE DE RUI PIRES CABRAL

Tamy de Macedo Pimenta

Resumo


Nesse ano de 2015, após o exame de qualificação realizado em fevereiro, iniciei a escrita de minha dissertação de mestrado sobre a poesia de Rui Pires Cabral (1967). Detendo-me por enquanto no primeiro capítulo, que trata dos deslocamentos geográficos nessa obra, tenho perseguido a ideia de nomadismo e errância. Nesta breve comunicação, busco compartilhar parte desse raciocínio e muitas das inquietações que vem me acompanhando durante a redação do capítulo, uma vez que, trabalhando com os conceitos de nomadismo elaborados por Michel Maffesoli e Gilles Deleuze e relacionando-os à obra deste jovem poeta, tenho procurado demonstrar que o atravessamento de espaços (seja no mundo físico ou no papel) pode ser compreendido como um ato de resistência diante do contexto contemporâneo. Sob esse ponto de vista, a errância “exprime [...] a revolta, violenta ou discreta, contra a ordem estabelecida” (MAFFESOLI, 1997, p. 36), já que não há “nada mais ativo que uma fuga” (DELEUZE apud ZOURABICHVILI, 2009, p. 56), conforme exemplifica, a meu ver, a poesia de Rui Pires Cabral.

PALAVRAS-CHAVE: Poesia portuguesa, contemporaneidade, Rui Pires Cabral, nomadismo, resistência.


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