SURDEZ NO BRASIL: MEMÓRIA, IDENTIDADE E PLANEJAMENTO LINGUÍSTICO

Verônica de Oliveira Louro Rodrigues

Resumo


Como os alunos surdos de escolas bilíngues e inclusivas, com realidades e experiências diferentes, identificam-se com a língua de sinais e com a língua portuguesa? Os alunos podem vivenciar a surdez de modos muito distintos, às vezes, opostos. Alguns desejam oralizar e não ter contato com a comunidade surda, porque, desse modo, sua integração à sociedade ouvinte seria maior. Enquanto isso, outros desejam apenas sinalizar e se integrar à comunidade surda, não há interesse em oralizar, pois se identificam já com os participantes dessa comunidade, além disso unem-se para lutar pela integração de surdos na sociedade, a partir da língua brasileira de sinais (LIBRAS). Nesse entremeio, há também aqueles que acreditam que os surdos podem oralizar e sinalizar, integrando-se assim ao mundo surdo e ouvinte. Aliado a essa pesquisa por meio de entrevistas gravadas com alunos de escolas públicas, observa-se a necessidade de buscar as leis e as políticas educativas postas em prática no Brasil, nos últimos anos, visto que a LIBRAS é uma língua minoritária, porém oficial desde 2002. Dessa forma, pode-se analisar como vem acontecendo o planejamento linguístico do ensino de surdos no país e, além disso, acredita-se pertinente considerar os discursos dos surdos, uma vez que suas memórias discursivas, historicamente produzidas, podem deixar-se transparecer nas entrevistas gravadas.

PALAVRAS-CHAVE: surdez, educação, discurso, memória, Glotopolítica.

Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.