A ANCORAGEM DA SINGULARIDADE QUEBEQUENSE EM SOLO AMERICANO

Dayana dos Santos Ribeiro Rafael

Resumo


Neste texto apresentaremos brevemente aspectos que vêm sendo estudados na obra Le nez qui voque do escritor quebequense Réjean Ducharme, no âmbito do mestrado. No contexto da Revolução Tranquila, época que inaugurou uma nova consciência identitária no Quebec, que proporcionou a ruptura com o passado, e a modernização das instituições, surge Le nez qui voque. Tal obra exprime ruptura e modernidade, traduz a vontade de renovar as formas, de inventar, desmistificar o passado clássico francês e deste modo romper com a França e com os paradigmas hegemônicos. Neste primeiro momento da pesquisa, apresentaremos e analisaremos, em Le nez qui voque, exemplos da ruptura com o cânone literário e com as duas maiores construções socioculturais e linguísticas da história da construção do Canadá: a francesa e a anglófona, o que forja o discurso literário da bastardia. Mostraremos como a metáfora literária do bastardo permite um recomeço, uma refundação, ao garantir ao quebequense sua inscrição no continente americano, a ancoragem americana de seu ethos. Para tal, propomos o diálogo com os textos de Vianna Neto, Betty Bednarski e Bernard Dupriez.

PALAVRAS-CHAVE: Americanidade, Alteridade, Identidade, Bastardia


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