O ROMANTISMO E O SUBLIME

João Pedro Bellas

Resumo


Na passagem do século dezoito para o dezenove, as teorias expressivas da arte, que dão ênfase ao papel do artista no processo de criação da obra, substituíram, gradativamente, as tendências miméticas que foram predominantes nas reflexões no campo da estética por quase dois mil anos. Desde a Grécia Antiga até a primeira metade do século dezoito, prevaleceu a ideia de que a arte deve imitar o mundo. No entanto, como assinala Meyer H. Abrams, alguns fatores originaram a mudança de perspectiva que transferiu para o poeta, ou o artista, o papel central que antes era ocupado pela natureza que deveria ser imitada. Um desses fatores foi a retomada de algumas tendências da Retórica clássica, em especial a ênfase que os oradores conferiam às emoções no processo de persuasão. Nesse sentido, uma obra específica é bastante importante, a saber, o tratado Do sublime, atribuído a Longino. Muitos elementos da teoria romântica da arte podem ser traçados ao texto longiniano. Assim, o objetivo deste artigo é demonstrar a presença do sublime longiniano na formação do Romantismo, de modo a delimitar o que poderíamos denominar “sublime romântico”.

PALAVRAS-CHAVE: Romantismo, sublime, Longino, século dezenove.


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