É CERTO ESCREVER ASSIM?: AVALIAÇÕES NORMATIVAS DE PROFESSORES E PROFESSORAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO ENSINO MÉDIO

Bianca Salvador Grisolia

Resumo


A língua portuguesa é a língua primeira da maioria dos falantes de Portugal e do Brasil. Essas duas variedades têm diferenças em todos os níveis gramaticais (fonético-fonológico, morfológico, sintático, semântico e pragmático), e, por isso, se faz necessário diferenciar essas variedades, chamando a que se fala na Europa de português europeu, e a que se fala na América de português brasileiro. Existem discursos de unificação linguística que afirmam que se trata da mesma língua falada em dois continentes diferentes, o que causa confusões normativas quando se trata do português brasileiro. Isso se dá porque a norma culta (usos reais de falantes “cultos”) brasileira não se assemelha à norma culta europeia e à norma-padrão (regras estabelecidas por gramáticas e dicionários normativos). Temos, por exemplo, o uso recorrente da próclise em início de frase no português brasileiro e quase raro no português europeu. Diante desse cenário, a proposta da presente pesquisa está em estudar como o ensino de norma (padrão ou culta) se dá em sala de aula, mais precisamente no ensino médio. Assim, o objetivo principal desta pesquisa é identificar representações de professores e professoras sobre norma linguística, associadas ao ensino de Língua Portuguesa como L1, e contribuir para futuras reflexões sobre o ensino. Para fundamentação teórica, recorremos aos conceitos de norma culta e norma-padrão elaborados por Bagno (2003) e Faraco (2008), e representações linguísticas proposto por Calvet (2004 [1999]).

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