CIRCULAÇÃO DE SENTIDOS E RESISTÊNCIA DO/AO FEMINISMO NO FACEBOOK

Tássia Gimenes

Resumo


O presente trabalho traz uma discussão acerca das reflexões que estão sendo colocadas para nossa tese de doutoramento em processo de construção. As questões discutidas se referem à temática do feminismo encontrada em páginas no Facebook específicas para esses grupos. Nos interessa aqui a construção discursiva dos comentários “antifeministas” feitos em postagens de grupos feministas. Que posições-sujeito os internautas que comentam ocupam? Quais são as formações imaginárias das feministas no discurso dos antifeministas? E as suas próprias, quando há uma tréplica de feministas? Pensando os imbricamentos discursivos entre as posições de feministas e antifeministas (que diferem de não-feminista) discutiremos a construção de um discurso de resistência, tanto de feministas quanto dos antifeministas. Vale questionar, assim, de que forma a questão de gênero influi em comentários antifeministas, uma vez que observamos que "mais de um século depois da emergência das suffragettes, as feministas continuam a ser desqualificadas como mulheres mal-amadas, feias, (...) ou loucas. Tudo isso contribui para que haja uma má compreensão do que é o feminismo e para que muitas mulheres tenham medo de se proclamar feministas (Coletivo Não me Kahlo, 2016, p. 250)". Esses comentários por vezes agressivos têm por motivação apenas a questão de gênero? Ou trata-se apenas de um outro olhar que vai de encontro à teoria feminista? Buscamos entender como se dá a interdição do ser feminista e do seu dizer em nossa sociedade.


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