CONECTANDO LEITURA E ESCRITA NA ESCOLA ATRAVÉS DOS GÊNEROS TEXTUAIS E CONTEXTO

Celio Pinto Sampaio

Resumo


Tem-se percebido a necessidade de mudança na forma como a língua inglesa tem sido ensinada nas escolas públicas regulares. Esta necessidade ocorre, primeiramente, por várias dificuldades que existem nessas instituições. Além disso, o lugar atual do inglês como língua internacional muda completamente a forma. Tal língua não é mais exclusiva de um pequeno grupo de países, mas um idioma utilizado por vários povos e cujas regras acabam sendo definidas, muitas vezes, pela negociação. Algumas abordagens foram utilizadas para o ensino deste idioma, tais como: o método audiolingual, a abordagem comunicativa e o movimento ESP (English for specific purposes). No entanto, vislumbram-se as pedagogias de Multiletramento e de Letramento Crítico neste projeto de tese como abordagens relevantes para o ensino de um idioma estrangeiro em escolas. Para isto, faz-se necessário também o enfoque na relação professor/aluno e em seus papéis dentro de tais abordagens. Ressalta-se, ainda, como elemento fundamental desta relação, o empoderamento do aprendiz por meio da retomada de sua voz, tantas vezes silenciada. Por isso, percebe-se a importância da leitura crítica de textos na língua alvo, bem como a produção de textos que permitam aos discentes perceberem-se como participantes ativos da sociedade, expressando sua voz. Entende-se a leitura como um processo dialógico de construção de significado no qual os leitores não só decodificam um código, mas contribuem com seus conhecimentos prévios a fim de depreenderem sentido do texto. A etapa seguinte seria uma interpretação crítica dos textos lidos, reagindo, então, criticamente a estes. Deste modo, seria possível repensar a prática docente, rumo a um ensino mais eficaz e relevante de língua estrangeira em escolas regulares.


Texto completo:

PDF

Referências


ALMEIDA, R. L. T. de. The teaching of English as a foreign language in the context of Brazilian regular schools: a retrospective and prospective view of policies and practices. In: Rev. bras. linguist. apl. [online]. vol.12, n.2, pp.331- 348. ISSN 1984-6398. 2012. Disponível em: Acesso em 10 de novembro de 2017.

BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais (Ensino Médio) –Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Brasília, 2000. Disponível em: Acesso em 20 jan. 2018.

COPE, B.; KALANTZIS, M. Multiliteracies: literacy learning and the design of social futures. London: Routledge, 2005.

FIELDING, M.; RUDDUCK, J. The transformative potential of student voice: confronting the power issues. Paper presented at the Annual Conference of the British Educational Research Association (BERA). September12–14, Exeter, UK.

HOOKS, Bell. Linguagem: ensinar novas paisagens/novas linguagens. In: Estudos Feministas, Florianópolis, v. 16, n. 3, p. 857, jan. 2008.

MATTOS, A. M. A. e VALÉRIO, K. M. Letramento crítico e ensino comunicativo: lacunas e intersecções. RBLA, v.10, n.1, pp. 135-158. 2010.

OLIVEIRA E PAIVA, V. L. M. de. Ilusão, aquisição ou participação. In: Diógenes Cândido de Lima. (Org.). Inglês em escolas públicas não funciona: uma questão de múltiplos olhares. São Paulo: Parábola, 2011, p. 33-46.

SANTOS, R. R. P.; IFA S. O Letramento Crítico e o Ensino de Inglês: Reflexões sobre a prática do professor em formação continuada. In: the ESPecialist, vol. 34, no 1 (1-23), 2013 ISSN 2318-7115. Disponível em: Acesso em 20 de janeiro de 2018.

SOARES, M. B. As condições sociais da leitura: uma reflexão em contraponto. In: Zilberman, R.; Silva, E. T. da. (org.) Leitura: perspectivas interdisciplinares. São Paulo: Ática, 2004, p.18-29.

WINDLE, J. A. Strike while the iron's hot: Using the internet and current events for political engagement. In: Radical Teacher: a socialist and feminist journal on the theory and practice of teaching, v. 85, 49 - 59. 2009

______. et. al. A produção de conhecimento teórico no “sul” global: Repensando a pedagogia de multiletramentos. In: TAKAKI, N. H.; MONTE MOR, V. Construções de sentido e letramento digital crítico na área de línguas/linguagens. São Paulo: Pontes, 2017, p. 101-117.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.