QUALIDADE DO FEEDBACK E SATISFAÇÃO INTERACIONAL DOS PARTICIPANTES NO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM (AVA)

FABIANA CORREA CASTAGNARO

Resumo


Este trabalho reflete sobre a importância do feedback construtivo e adequado, no processo ensino-aprendizagem do português na Educação a Distância (EaD). O objetivo principal é estudar a interação professor-aluno no contexto virtual, descrevendo e analisando o feedback do professor, a fim de verificar se ele é um instrumento que ajuda a diminuir a distância entre professor-aluno em AVA, promovendo a autonomia na aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos. Para que isso ocorra, é fundamental o professor demonstrar aos alunos a sua disponibilidade para dialogar, fazendo-os entender que eles também poderão contribuir para a construção do seu próprio conhecimento e autonomia. Através do feedback oportuno e eficiente, a mediação cria maior presença do professor na EaD, encorajando e estimulando os alunos durante a realização das atividades. Com o foco no feedback, este estudo fundamenta-se nas abordagens teóricas da Análise da Conversa Etnometodológica (ACE) (GARFINKEL, 1967) e da Análise Sociointeracional do Discurso (RIBEIRO e GARCEZ, 2013), utilizando categorias de análise, tais como: as pistas de contextualização, os alinhamentos e os enquadres interacionais. A metodologia qualitativa utilizada é uma análise Sociolinguística Interacional dos dados coletados por intermédio da plataforma Moodle, a partir de interações entre professor e alunos inscritos na disciplina Português VIII, do Curso de Letras da Universidade Federal Fluminense (UFF), através da Fundação CECIERJ/Consórcio CEDERJ. Espera-se que os resultados deste trabalho contribuam para potencializar a aprendizagem e encorajar a autonomia dos alunos, nas interações em AVA.

PALAVRAS-CHAVE: Feedback, Fala-em-interação, Autonomia, Mediação.


Texto completo:

PDF

Referências


ALVES, M. N.; ABREU-E-LIMA, D. M. de (orgs.). O feedback e sua importância no processo de tutoria a distância. Pro-posições, Campinas, v.22, n.2 (65), p. 189-205, maio/ago.2011.

GARCEZ, P. M. A perspectiva da Análise da Conversa Etnometodológica sobre o uso da linguagem em interação social. In: LODER, L. L.; e JUNG, N. M. (orgs.). Fala-em-Interação Social: Introdução à Análise da Conversa Etnometodológica. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2008. p. 17-38.

GARFINKEL, H. (1967). Studies in ethnomethodology. Englewood Cliffs: Prentice Hall.

GOFFMAN, E. (1974). Footing. In: RIBEIRO, B. T. & GARCEZ, P. M. (orgs.). Sociolinguística Interacional. 2. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2013. p.107-148.

GONÇALVES, J. C. Por uma EaD sem distância: presença na interação professor/alunos em AVA. In: FIDALGO, F. S. R. (et al) Educação a distância: meios, atores e processos. Belo Horizonte: CAED-UFMG, 2013. p. 95-106.

GONÇALVES, K. Metamensagens e comunicação não-verbal (Tannen, Knapps e Hall, Dionisio, A. P e Hoffnagel, J.). 19 out. 2009. Disponível em: . Acesso em: 04 jun.2018.

GUMPERZ, J. J. (1982). Convenções de contextualização. In: RIBEIRO, B. T. & GARCEZ, P. M. (orgs.). Sociolinguística Interacional. Edições Loyola. São Paulo, Brasil, 2013. p.149-182.

RIBEIRO, B. T., GARCEZ, P. Sociolinguística Interacional. São Paulo: Edições Loyola, 2013.

SACKS, H.; SCHEGLOFF, E. A. e JEFFERSON, G. (2003). Sistemática elementar para a organização da tomada de turnos para a conversa. Veredas, v. 7, n.1-2, p. 9-73. Trad. de Adriana Maria Soares da Cunha, Camila Ferrarezi Duque, Jésus Ribeiro Medeiros, Luciana de Mesquita Silva, Milene de Paula Borges e Mônica Beatriz Pedrosa Schittini. [SACKS, H., SCHEGLOFF, E. A. and JEFFERSON, G. (1974). A simplest systematic for the organization of turn-taking for conversation. Language, v. 50, p. 696-735].

VYGOTSKY, L.S. (1934). Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989. In: COSTA, S. R. Interação e letramento escolar: uma (re) leitura à luz vygotskiana e bakhtiniana. Juiz de Fora: Ed. UFJF, 2000. Musa Editora, São Paulo, 111p.

WILLIAMS, R. L. Preciso saber se estou indo bem: uma história sobre a importância de dar e receber feedback. Rio de Janeiro: Sextante, 2005. p.52.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.