RECEPÇÕES SURREALISTAS: MURILO MENDES E JÚLIO CORTÁZAR

Bárbara Nayla Pineiro de Castro Pessoa

Resumo


Recentemente recuperado pela crítica acadêmica, o debate em torno ao surrealismo naAmérica Latina tem sido alvo de polêmicas e consagrações editoriais. A recepção daspropostas da vanguarda surrealista chama a atenção por uma produtividade que se lançapara além de seu marco histórico. Sob a anacrônica condição de suas rehabilitações, oscaminhos que trilham o movimento parecem só poderem ser vistos em deriva, emrevisitação constante dos postulados com quais sai à cena no contexto das primeirasvanguardas. Concentraremos nosso estudo nos escritos tardios de Murilo Mendes(1966-1974) e Julio Cortázar (1967-1969), particularmente nos livros de arte: RetratosRelâmpagos (1973) e Conversa Portátil (1974) e La vuelta al día en ochenta mundos(1967) e Último round (1969). Mais de quarenta anos depois dos primeiros manifestosdo surrealismo, a perspectiva surrealista continua produtiva para entender como estaspropostas estéticas continuam produtivas apesar da distância temporal e dos contextosliterários vigentes.

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