LARES DESPEDAÇADOS: CORTES E SILÊNCIOS NAS RELAÇÕES FAMILIARES EM K. E O IRMÃO ALEMÃO
Resumo
Propomos com este trabalho comparar K. – Relato de uma busca (2014), de Bernardo Kucinski, e O irmão alemão (2014), de Chico Buarque, considerando como são retratadas as relações familiares no romance brasileiro contemporâneo. À medida que a Modernidade se radicaliza nas últimas décadas, notamos um crescimento do desamparo em nossa cultura – memórias sofridas, trajetórias sem um suporte mínimo para a vida, conflitos afetivos que se perpetuam pelas gerações, solidão, desesperança e angústia – cada vez mais atrelada a lares desgastados e decadentes, moldando indivíduos, famílias e sociedades. A leitura e a análise desses romances nos levam a ambientes familiares instáveis, onde somos expostos a tipos que compõem o grande mosaico social do qual fazemos parte. Analisar, portanto, essa temática na prosa contemporânea significa investigar questões que constituem a precariedade e a incompletude de nossa própria existência.
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