O MORRO DOS VENTOS UIVANTES: UMA LEITURA DELEUZIANA
Resumo
O presente trabalho pretende abordar o romance O morro dos ventos uivantes (1848), de Emily Bronte, segundo alguns conceitos filosóficos de Gilles Deleuze, como o rizoma, a máquina de guerra e as linhas de fuga. Para tanto, observaremos tanto os personagens e eventos narrados, quanto as estratégias narrativas que nos permitem estabelecer as relações entre o romance vitoriano e a filosofia pós-estruturalista do pensador francês. Ao longo do romance, que se desenvolve por duas gerações de personagens, podemos perceber um violento processo de ruptura e transfiguração dos modelos sociais e morais estabelecidos, que propicia novas formas de pensamento, de criação e de vida impossíveis para os personagens da primeira geração narrada. O objetivo de nosso trabalho é discutir este processo de ruptura com os modelos tradicionais e de criação de novos possíveis em termos deleuzianos.
Palavras-chave: Bronte; Deleuze; rizoma; linhas de fuga.
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