AS ORIGENS DA CERTIFICAÇÃO LINGUÍSTICA
Resumo
A certificação linguística é na verdade um diploma concedido a candidatos que se inscrevem em uma determinada instituição para fazer uma determinada prova. No entanto nem sempre a escolha do candidato é livre. Há casos nos quais a empresa ou instituição de ensino decidem a qual certificado vão confiar a avaliação de seus colaboradores ou estudantes. A origem dos certificados remonta ao princípio do século XX, na Inglaterra, e esse setor desenvolveu-se ao mesmo tempo que as pesquisas sobre ensino e aprendizagem sobre línguas estrangeiras também se desenvolvia. Seus modelos de provas refletiam então o modelo da abordagem utilizada nas aulas e traziam em suas questões o modelo do que se acreditava que era saber uma língua – sendo suas questões um reflexo dessa abordagem. O caso da avaliação de proficiência traz em si a característica de avaliar o conhecimento de uma língua estrangeira em um exame já elaborado nessa língua. Criada a necessidade de possuir um certificado, criou-se também um fértil mercado no qual há cursos preparatórios, materiais didáticos específicos e o próprio exame, cujos valores não são baixos. Esses exames provocam ainda um efeito retroativo que alimenta a criação de materiais não específicos e uma disputa pelo diploma que teria um maior “valor de mercado”, ou seja, maior prestígio e consequentemente maior aceitação dentro do âmbito empresarial e acadêmico. É um sistema que se retroalimenta e que atinge a sociedade em virtude da influência que exerce sobre os estudos e as decisões que serão tomadas por diversos estudantes e profissionais. Para fazer nossa pesquisa tomamos como base os trabalhos de Spolsky (1995) e Bordón (2006) sobre avaliação de línguas estrangeiras e McNamara sobre elaboração e impacto dos exames.
PALAVRAS - CHAVE: certificação – proficiência – provas
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