DANTE ALIGHIERI E MACHADO DE ASSIS: TRANSCULTURAÇÃO LITERÁRIA

Elisângela Teixeira Rodrigues

Resumo


RESUMO: Este ensaio se propõe a observar algumas identidades e diferenças entre as obras A Divina Comédia, do escritor italiano Dante Alighieri, e Memórias Póstumas de Brás Cubas, do escritor brasileiro Machado de Assis, além de apontar possíveis elementos transculturais introduzidos por Machado, após traduzir para o português e publicar, em 25 de dezembro de 1874, n’O Globo a tradução do canto XXV do Inferno, alguns séculos depois da sua publicação. Para realizar o pressuposto entre as duas obras literárias, selecionamos como referência Sonia Netto Salomão, no seu ensaio Machado de Assis no Inferno de Dante, capítulo do livro Machado de Assis: novas perspectivas sobre a obra e o autor, no centenário de sua morte (2008), uma vez que a autora estabelece no estudo uma relação entre o escritor brasileiro e a cultura italiana. Salomão (2008), em notas gerais, discorre sobre as traduções da obra de Dante, no Brasil, e elenca a presença de aspectos da cultura italiana na obra de Machado de Assis, sem se ater a uma obra específica, porém, embasada em escritores como Mário de Andrade, Eliane Ferreira, Glória Vianna, John Gledson, Luís da Câmara Cascudo, Jean Michel-Massa, dentre outros, e observa que os estudos ítalo-brasileiros sobre Dante e Machado de Assis ainda precisam ser aprofundados.


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Referências


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