Percorrendo a Noção de Sujeito nas Gramáticas Tradicionais
Resumo
Este artigo pretende explicitar o modo como as gramáticas tradicionais abordam a noção de sujeito. Sabemos que a categorização clássica, fruto de reflexões filosóficas, conta com um conjunto de condições necessárias e suficientes para que um elemento seja enquadrado na categoria Sujeito. Nesse sentido, as definições amplamente difundidas em gramáticas e livros didáticos, a saber, “ser sobre o qual se declara algo” e “aquele que pratica a ação”, dão conta apenas dos exemplares mais prototípicos, os quais condessam os planos perpassados pela noção de sujeito, são eles: o sintático, o semântico e o discursivo. Assim, exemplares mais periféricos da categoria, isto é, aqueles em que não há confluência entre os três planos supracitados constituem um problema à análise e definição; necessitando, por vezes, de arremedos teóricos para que, então, possam ser examinados. Tencionamos demonstrar, portanto, a necessidade de se avançar nos estudos referentes ao sujeito numa perspectiva sintática, que vise à delimitação dos três planos, os quais perpassa a noção de sujeito, considerando a constante confluência entre eles.
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