ANÁLISE DAS CONSTRUÇÕES CORRELATAS PROPORCIONAIS SOB O VIÉS DA LINGUÍSTICA FUNCIONAL CENTRADA NO USO
Resumo
Este estudo é resultado da análise elaborada na dissertação de Mestrado defendida em 2017 e tem como propósito examinar os usos das construções correlatas proporcionais com base nos pressupostos teóricos da Linguística Funcional Centrada no Uso. Esta corrente teórica analisa a língua em pleno uso e visa a uma abordagem holística, em que nenhum nível linguístico é proeminente em relação aos demais. Toma-se o conceito de construção no sentido estabelecido por Traugott e Trousdale (2013), ou seja, como uma unidade básica da língua, composta por um pareamento de forma e sentido. As construções proporcionais são analisadas em seus dois padrões instanciados: o primeiro é constituído pelas expressões conectoras à medida que e à proporção que, e o segundo é instituído pelos correlatores quanto mais/menos... (tanto) mais/menos. Os dados são extraídos do Corpus do Português. Defende-se que as construções em ambos os padrões constituem estruturas correlatas em língua portuguesa. Contudo, em razão do comportamento sintático distinto, os chamados Padrão I e Padrão II recebem tratamentos particulares. No primeiro, lança-se mão do critério da telicidade para firmar a conexão sintática entre prótase e apódose. No segundo, evidencia-se a alta produtividade do padrão. Com isso, objetiva-se estabelecer, a partir da visão funcional da língua, a hierarquia construcional das correlatas proporcionais, baseada em diferentes níveis de abstração.
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PDFReferências
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