SPANGLISH: REPRESENTAÇÕES, IDEOLOGIAS E POLÍTICAS LINGUÍSTICAS

Thábata Lima

Resumo


Este artigo é resultado de uma pesquisa realizada durante o Mestrado em Estudos de Linguagem, na Universidade Federal Fluminense, cujo objetivo foi analisar um fenômeno linguístico muito debatido e polemizado nos Estados Unidos: o Spanglish. Apesar de estar muito associado a uma possível “deficiência linguística” dos seus falantes, o Spanglish vem marcando presença nas comunidades hispanas dos EUA, sendo frequente seu uso nos meios de comunicação, na música e na Literatura. Isso tudo vem demonstrando que este fenômeno está-se convertendo em algo mais que uma simples “mistura de línguas”: em um símbolo de identidade “mestiça”. Logo, na referida dissertação, objetivou-se analisar este fenômeno enquanto marca de identidade cultural de muitos hispano-falantes nos EUA, através do estudo das principais representações, ideologias e políticas linguísticas relacionadas a ele. Para isso, foram analisados, principalmente, artigos de periódicos online que falassem sobre o Spanglish entre os anos de 2010 e 2013, e documentos e/ou informes divulgados em sites de associações culturais hispanas nos EUA e do governo norte-americano. Com base nos estudos realizados, pode-se perceber que, ainda que seja muito criticado e haja muitas tentativas de “coibir” seu uso, o Spanglish tem-se tornado um símbolo de identidade de muitos hispano-falantes nos Estados Unidos, pois reflete a marca de uma “população” que, em meio a diferentes comunidades de fala, acaba por produzir uma peculiar maneira de falar, de expressar-se, de viver.

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