SUBVERSÃO DA/PELA LINGUAGEM: CONHECIMENTO DO INFERNO

Mariana Andrade da Cruz

Resumo


O presente trabalho tem como objetivo fazer uma leitura do romance Conhecimento do inferno, de António Lobo Antunes, publicado em 1980, analisando como o romancista contemporâneo português lança mão de uma linguagem imagética, elíptica e profundamente impactante para retratar uma série de situações passadas no Hospital Miguel Bombarda, principal cenário da trama. Pretendemos demonstrar como já neste livro, o terceiro em sua carreira e considerado como um integrante da chamada “fase de aprendizagem”, o autor antecipava mecanismos de escrita que seriam recorrentes em sua produção posterior, tais como a quebra de frases e palavras, bem como a repetição incisiva de determinados trechos. Tencionamos demonstrar, também, como a subversão da linguagem acompanha – e explicita – uma subversão temática, neste sanatório em que os doentes são os sãos, enquanto os médicos são os verdadeiros loucos. O trabalho deriva de parte de uma pesquisa de doutorado em andamento, orientada pela professora doutora Dalva Calvão.

PALAVRAS-CHAVE: António Lobo Antunes; Conhecimento do inferno; subversão da linguagem.


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