AUTONOMIA E FRUSTRAÇÃO NO UNIVERSO FEMININO EM O QUINZE E AS TRÊS MARIAS, DE RACHEL DE QUEIROZ
Resumo
Neste trabalho, pretendo analisar o lugar de onde falam os narradores dos dois romances estudados nesta dissertação, O quinze e As três Marias, da escritora cearense Rachel de Queiroz, tendo como base a análise do discurso presente no pensamento do teórico russo Mikhail Bakhtin. Além disso, conheceremos um pouco mais sobre a autora e seu lugar na literatura. Apresentarei os romances supramencionados, apontando questões importantes das obras e de que forma o modo de concepção de mundo da época influencia tanto Rachel de Queiroz quanto o desenvolvimento de suas narrativas. Outra vertente a ser trabalhada será o preconceito em torno da escrita feminina, partindo de uma declaração de Graciliano Ramos na qual o escritor diz que não acreditou que O quinze teria sido escrito por uma mulher, acreditava que Rachel de Queiroz seria o pseudônimo de um homem. Através de uma análise da trajetória feminina na literatura, buscarei pensar porque o romance não poderia ter sido escrito por uma mulher. A partir do conhecimento dos romances, seguirei para o estudo dos narradores dos mesmos. Algumas questões nortearão esta fase: De que lugar os narradores estão falando/ Quais os pontos de vista adotados por eles?/ O que significa ser narrador onisciente ou narrador personagem nas obras em questão/ Eles tomam partido nas histórias/ Sugerem uma ruptura ou corroboram com os padrões sociais vigentes na época/ Como os narradores problematizam a dualidade razão x desejo? Concluo este trabalho com a importância destes narradores para o desenvolvimento dos romances destacados.
PALAVRAS-CHAVE: Rachel de Queiroz, autonomia, frustração, O quinze, As três Marias.
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