O PLURILINGUISMO NO CONTEXTO DO PORTUGUÊS COMO LÍNGUA DE HERANÇA: ANÁLISE DE QUATRO CASOS EUROPEUS

Carolina da Silva Vieira Magalhães

Resumo


O presente trabalho apresenta os resultados parciais da pesquisa de mestrado em andamento cuja finalidade é identificar, no contexto de Português como Língua de Herança, os resultados positivos e/ou negativos na utilização da abordagem do plurilinguismo com base em quatro estudos de caso europeus (MORONI & GOMES, 2015; PIIPPO, 2015; SOUZA, 2016; CHULATA, 2015).  O estudo trata da língua portuguesa na variedade brasileira em contexto migratório, cujos falantes deixaram o país natal na primeira ou segunda infância ou são nascidos na diáspora. O contato limitado com o idioma e a inserção do falante em situações de multilinguismo resulta em efeitos do contato linguístico, como o apagamento da língua [-dominante], que podem ser evitados ou estimulados, quando positivos. Nesse sentido, configuram o cenário da pesquisa os países Espanha, Finlândia, Inglaterra e Itália, cuja sociedade e legislação lidam com questões de bi/plurilinguismo. A escolha dos países em questão considera a crescente migração de brasileiros com destino ao continente europeu a partir da década de 1980. O intenso fluxo migratório culminou em efeitos políticos e sociais que, até então, não eram preocupação do governo e embaixadas brasileiros, tornando necessária a criação de políticas linguísticas que amparassem os pais expatriados na resistência pelo uso da língua materna nas gerações futuras. 

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Referências


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